Pequeno exercício reflexivo a propósito da morte e do morrer...de como ninguém nos ensina que aprender a viver e aprender a morrer pode ser exactamente a mesma coisa...E que a alegria suscitada pelo nascimento obscurece a sentença de morte que esse acontecimento acaba, também, por ser...
Introspecção
Essa morte de que me falam…não, não me assusta muito…
Assustou-me mais, isso sim, quando percebi que a sentença
Assinaram-na quando nasci, entre os festejos
E as lágrimas de alegria e os abraços efusivos…
Desde aí que tenho vindo a morrer aos poucos…
A cada dia um pouco mais…
E, ganhando esse hábito de morrer diariamente,
Vou deixando de temer viver assim para sempre…
Essa morte de que me falam…não, não me assusta muito…
Assustou-me mais, isso sim, quando percebi que a sentença
Assinaram-na quando nasci, entre os festejos
E as lágrimas de alegria e os abraços efusivos…
Desde aí que tenho vindo a morrer aos poucos…
A cada dia um pouco mais…
E, ganhando esse hábito de morrer diariamente,
Vou deixando de temer viver assim para sempre…
Fevereiro 2007
1 comentário:
Começamos a morrer a partir do momento em que nascemos... e por isso o dia-a-dia, os pequenos momentos... são eles que valem a pena e por eles que devemos lutar.
E como enfermeiros devemos lembrar-mo-nos... salvamos vidas em certos momentos ou simplesmente prolongamos um caminho doloroso para a morte?... Damos tempo e qualidade de vida ou um trilho difícil até ao fim inegável...?
Beijinhos :)
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