quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Palavras do Jaime

Porque o Jaime precisa de falar, porque o Jaime precisa de se expressar, de expurgar os conteúdos polutos que o desalmam...A parede está erguida, Jaime...Ainda que tenhas saído bem cedo de casa, acenam-te uma despedida desenhada por mão de pelica enluvada...
A Luz ao Fundo...
Chove lá fora, chove mais cá dentro…
Lágrimas do céu, águas de tormento
Cintilam no escuro, reformulam-se em vão
Tomam as minhas formas…caído no chão

Respiro em golfadas de ar rarefeito
Sugo a vida insuficiente
Que me engana, que me mente
Jardins de pedra, que já enfeito…

Faltará que alguém me tempere com a terra
Que é sangue meu derramado na guerra
Pusilânime, compassado estertor…
Caído no chão, pungente de dor..
Dezembro 2007

1 comentário:

Bela Isa disse...

Tens de me decifrar este um dia destes...